11 de abril de 2011

Dança para orgulhar o Brasil


Mais uma entidade Tradicionalista do Rio Grande do Sul está fazendo as malas para ir se apresentar em terras estrangeiras. Agora é a vez do CTG Porteira Velha, de Novo Hamburgo, que no dia quatro de julho embarca no voo AZ  318 da Alitalia para a capital da França, Paris. Eles serão os representantes oficiais do país no Festival Internacional Du Folklore de Le Puy, juntamente com grupos de países como México, África do Sul, Indonésia, Ilha de Páscoa, entre outros. Ao total, 30 pessoas integram o grupo, composto por dançarinos, músicos e direção.

Roteiro

 De cinco a oito, os tradicionalistas irão conhecer a cidade de Rouen, antes de ir para Alencon, na Normadia, para participar de um festival organizado pelo grupo “Le Point d´Alençon”, parceiro da entidade. Conhecida como cidade dos Duques, Alençon está localizada à beira do Parque Natural Maine. Aqui, o grupo permanence de 8 a 14 de julho.
A partir do dia 18 até 22, a invernada participa do Festival Internacional de Le Puy, em Velay. O município é o ponto inicial da peregrinação ao caminho de Santiago de Compostela. Ali também estão localizados a Catedral Notre Dame e o Hotel Dieu Saint Jacques, ambos patrimônios da Unesco. O retorno está previsto para o dia 26 de julho.

4 de abril de 2011

Entrevista com Alex Balaka



O Portal MTG perguntou e Alex Lima, ou simplesmente, Alex Balaka, respondeu tudo sobre a inspiração que o levou  a fazer as coreografias mais aplaudidas do ENART na força “A” e na força “B”

Nome Alexsandro Ferreira de Lima ( Alex Balaka)

Onde nasceu e onde vivenasci em Porto Alegre, e atualmente resido em Gravataí

Quando começastes no tradicionalismo?


1988, quando eu tinha 8 anos, no CTG Chaleira Preta de Gravataí próximo à minha casa.

Quando começou a  fazer trabalhos de coreografias de entradas e saídas?

Aos 17 anos, 1997, neste momento realizava trabalhos para grupos pequenos em especial mirins e juvenis.

Para quantos grupos já fizestes coreografias desse tipo?

Não me recordo com exatidão, mas sem dúvida passa dos 200 dentro e fora do RS e também do Brasil.

Como vem essa inspiração para montar essas coreografias?

Sou uma pessoa que estudo bastante, busco informações em todos os momentos da minha vida. Desde materiais de notória representatividade conceitual, como livros e filmes, até as experiências menos pretensiosas como a ida a uma feira. Tudo o que eu me envolvo pode se tornar um ponto de partida, basta estar atento para perceber as potencialidades. Tendo acumulado tais referenciais procuro, em um momento de maior concentração, estabelecer conexões criativas especificas para cada trabalho, de forma que não existe uma regra para a minha inspiração, ela é construída conforme identidade do tema desenvolvido.

O que tu pensas do tradicionalismo gaucho organizado, o que tem de bom e o vês que falta ainda?

Segundo Paixão Cortês quando deu início, junto com Barbosa Lessa e tantos outros, ele não tinha noção do crescimento que o Tradicionalismo Gaúcho teria, de modo que ele veio de um desejo de resgate de tradições que estavam cada vez menos sendo manifestadas e outras quase que extintas. Portanto, penso que o tradicionalismo se faz necessário para que se mantenham tais raízes tão importantes, o seu valor é comprovado quando podemos observar que de ponta a ponta no Brasil e inclusive no exterior temos representantes tradicionalistas. Este mês fiquei surpreso e lisonjeado ao receber um convite de trabalho para um grupo de Roraima, o que me fez refletir na responsabilidade que o nosso trabalho, enquanto tradicionalistas, carrega. Após esta reflexão tive a certeza, ainda maior, de como é necessário a fundamentação histórica e coerente dos trabalhos artísticos. Afinal, muitas vezes os grandes responsáveis pela deturpação do tradicionalismo são aqueles próprios que o formam. Portanto acredito que o que ainda falta no nosso movimento é um pouco de coerência em vários momentos.

Acha que o festival de coreografias no enart chama mais atenção do que propriamente o que dá a vitorias , que são as três danças tradicionais?

Acho que para o público sim, em virtude da liberdade que é dada a nós, coreógrafos, para inovação que gera uma expectativa bem grande até mesmo antes do concurso. Em compensação, percebo que para os concorrentes de danças tradicionais o grande sonho ainda se concentra em consagrar-se campeã de danças tradicionais. 

Fotos de divulgação enviadas pelo entrevistado  e três de Matheus Aguiar














Entrevista com Eduardo Corbelini Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul


Portal MTG– Qual a tua trajetória no tradicionalismo?
Eduardo - Desde piazinho, com dois meses meus pais iam pros bailes no CTG e eu dormia embaixo da mesa. Com quatro anos entrei na Invernada de danças do CTG Gauderio Serrano, com onze anos fui 2º Piá da 11ª RT, aos quatorze anos, comecei como instrutor de danças da invernada pré-mirim do CTG. Já com dezoito anos, fui Diretor Jovem da 11ª RT, Formação no CFOR e no curso de Instrutores Iniciantes do MTG, um ano depois, Orador de Eventos da 11ª RT. Com vinte anos, fui Peão do CTG Gauderio Serrano, e finalista do Enart em Declamação e Dança de Salão e com vinte e um anos, Peão da 11ª RT, finalista do Enart em Declamação, Dança de Salão e Danças Tradicionais e Migração para o CTG Sopro do Minuano (em Monte Belo do Sul) onde atuo como Instrutor de Danças da Invernada Adulta e integrante do Quinteto de Laçadores.
Com vinte e dois anos, Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul.

Portal MTG– O que Monte Belo terá de atrações para os visitantes?
Eduardo - Bueno, Monte Belo é uma cidade que se localiza no Vale dos Vinhedos, está rodeada de Parreirais e vinícolas, os visitantes que aqui chegarem, encontrarão a mais pura origem da colonização italiana, vista na arquitetura e gastronomia, verá também o jeito Ítalo-gaúcho do povo daqui, encontrará muitos passeios turísticos durante os dois dias de Entrevero, que proporcionarão, visitas a paisagens exuberante, degustações e visitas a vinícolas e colônias da região e encontrará um povo muito festeiro e hospitaleiro.

Portal MTG– Fale-nos sobre a estrutura da cidade para receber o Rio Grande.
Eduardo - A cidade tem em torno de 1.800 habitantes, o CTG não tem uma sede própria, mas temos inúmeros ginásios e escolas que estarão a disposição de todos nas comunidades que rodeiam o centro da cidade para serem usados como alojamento, além disso temos um hotel no centro da cidade e a facilidade e proximidade de Bento Gonçalves (25 minutos), para o Entrevero mandamos construir uma Cancha de Rodeios oficial, e investimos muito em infra-estrutura dos palcos e alojamentos, além disso a cidade é muito pequena e tudo fica perto, todos terão enorme facilidade de acompanhar as provas, por serem todas muito perto. A cidade com um grande apoio da prefeitura e dos moradores, está pronta para receber de braços abertos a todo o Rio Grande.   

Portal MTG– O que os tradicionalistas, em especial a juventude, podem esperar do Entrevero em 2011?
Eduardo - Pelas minhas andanças pelo Rio Grande e o trabalho de Motivação da Gestão de Peões, vejo que neste ano o nível de interesse e competição dos concorrentes será muito grande, disponibilizando assim a todos que vierem a Monte Belo, uma visão bem definida das diversas maneiras de como ser tradicionalista em nosso estado, pois todos querem mostrar pra que virão para o entrevero. Todos podem esperar um grau de disputa elevado, pelo que acompanho dos concorrentes e sua preparação, acredito que pela proximidade das provas e palcos, este concurso vai aproximar e hermanar muitas pessoas, as chances de conhecer mais pessoas e fazer mais amigos e alianças estarão reforçadas nestes três dias de Entrevero, sendo assim a nossa força pela marcha do tradicionalismo só se agrandará.

Portal MTG– O que o grupo de peões e prendas acharam da “simplificação de processos” na área dos concursos?
Eduardo - A gestão ficou muito contente com as mudanças, pois nessas gauchadas estado afora, tentamos sempre motivar a juventude a participar, mas as maiores reclamações que recebíamos tanto da gurizada, quanto a dos pais era em relação aos gastos elevados e ao alto nível de incomodação com idas e vindas. A nova Diretoria do MTG está com este projeto de simplificação que já é e será ainda mais um grande "chamador" e motivador para o ingresso de jovens nos concursos, vejamos pelo exemplo, de simplificar a Mostra Folclórica, sem "casinha" e com muito menos "frescuras", ou ainda a diminuição do número de visitas no MTG vai a escola, isso tudo, soma para que possamos demonstrar que esta cada vez mais fácil de concorrer e botar a cara para representar a juventude do Rio Grande.

Portal MTG– Para quem vai concorrer na região e no estado, quais as tuas dicas de preparação para as prendas e peões?
Eduardo - Tudo começa em termos de preparação na parte de estudo, quando o jovem decide concorrer no seu CTG, ai acontece o grande estopim de quem tem o sonho e o objetivo de ser o Representante da Juventude Tradicionalista, acredito que cada um deve procurar se familiarizar com nossa história, com nossa cultura, geografia, história, folclore, deve conhecer bem a sua região, o modo como é ser gaúcho dos seus, deve se envolver de corpo e alma com as lides de homens e mulheres que fazem e fizeram nossos costumes. Esta preparação acontece de diferentes formas, uns sendo exigidos muito mais em certas áreas e outros em outras, mas cada um deve buscar, analisar e se dedicar-se a sanar as suas principais carências.
Mas ainda acredito que além de tudo isso, dedicação no estudo, ir atrás da teoria, ver como se fazem as coisas na prática, treinar muito para ser muito bom no que está fazendo e demonstrar firmeza, o jovem deve ter vivência, deve se envolver na sua comunidade tradicionalista, deve buscar ouvir os antigos, deve prestar atenção no que é falado em cada roda de mate, por mais simples que for o assunto, desde pequeno freqüento CTG e acompanho prosas e lides de meu avô, acho que esse tino herdado e essa vivência e experiência de vida que adquiri com ele e meus tios fizeram toda a diferença nesta caminhada até ser Peão do Estado.

Portal MTG-  O que ficará ao final da gestão em abril de 2011, no que se refere ao trabalho desta gestão?
Eduardo - Sempre digo em qualquer lugar que vou que  os Peões do Rio Grande, são soldados do MTG, por que digo isso? porque acho que quem assume um destes seis cargos, está aqui porque gosta, está aqui a mando do chão que pisa e representa, sendo assim temos a obrigação e o dever de trabalhar incansavelmente para fazer com que o tradicionalismo, seus eventos e ideais, não morram, o dever de cada um dos seus representantes é trabalhar sem medir esforços para que a chama tradicionalista não morra, sendo em viagens, palestras de motivação, prosas ao pé do fogo, carregando cadeiras, carregando caixas... Os seus peões sempre que solicitados trabalharam e se dedicaram ao máximo para organizar, executar e garantir que tudo desse certo. Fizemos, com a grande ajuda das prendas, um projeto audacioso e de muita gratificação pessoal a todos nós que foi o Balaio Solidário, conseguimos prestar uma grande homenagem no Tchêncontro, outra muito bonita no Enart e em inúmeros lugares onde fomos solicitados, não fomos um grupo de peões, mas sim fomos uma equipe.

Portal MTG-  Em Santo Augusto, deu muito gosto ver o trabalho do grupo, unido, determinado, com propósito. Ao que isso se deve?
Eduardo -Como citei anteriormente, a gestão é uma equipe unida e forte, temos nossas diferenças, mas isso é comum em qualquer lugar, brincamos e temos um carinho de irmão grande entre a gente, cada um com seu temperamento, com suas qualidades e defeitos, mas isso só fez com que a gente conseguisse explorar o potencial de cada um e fazer cada atividade da melhor maneira possível, demonstrando união e trabalho bem feito. Sendo assim, tivemos grande êxito nas nossas oficinas e seminários na Fecars e em todas as atividades propostas e desenvolvidas por nós. 

Deixo um grande agradecimento e um cinchado quebra costelas a todos os Peões do Rio Grande, que fizeram uma equipe de irmãos e companheiros de lida.

CBTG faz evento nacional





No mês de junho, Brasília, a capital de todos os brasileiros, será o palco de um dos maiores encontros tradicionalistas já realizados. Com o apoio da Federação Tradicionalista do Planalto Central - FTG-PC, a Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha – CBTG, promove o 10º Encontro Nacional da Juventude Tradicionalista. A realização do evento é dos Departamentos Cultural e Jovem e tem data marcada para os dias 03, 04 e 05 de junho de 2011.
O encontro pretende estimular a participação ativa dos jovens no Movimento Tradicionalista Gaúcho brasileiro, considerando a importância do conhecimento dos fundamentos filosóficos do tradicionalismo, a valorização e preservação das ideias, crenças e valores que caracterizam a identidade cultural do gaúcho, sem deixar de reconhecer as manifestações populares características de outros brasileiros que habitam os mesmos espaços geográficos de cada MTG ou Federação Tradicionalista, buscando assim, garantir a perpetuação do Movimento Tradicionalista Gaúcho pelo Brasil afora.
O tema proposto para o evento é “O jovem conciliando os valores da tradição com os benefícios da modernidade”. São esperados representantes de MTGs e Federações de várias partes do Brasil. Ainda na programação, está o lançamento do livro publicado pela CBTG, intitulado “Jovem Tradicionalista em Ação”.
Outras informações podem ser obtidas em www.cbtg.com.br, pelo e-mail encontrojovem@cbtg.com.br ou pelos fones (92) 9105 7662 ou (61) 9974 6431.

PROGRAMAÇÃO
03/06/2011 – Sexta-Feira
14h às 18h – Recepção e Credenciamento
15h – Oficina de Culinária
19h – Jantar
20h – Abertura Oficial do Evento.
           - Lançamento do livro “Jovem Tradicionalista em Ação”
           - Baile de Integração

04/06/2011 – Sábado
8h – Café da Manhã
9h – Palestra “Temática”
10h30 – Oficinas de Nós de Lenço
10h30 – Oficina Prendas
12h – Almoço
13h – Oficina de Declamação
13h – Oficina Campeira
15h – Oficina Jogos Tradicionalistas
15h – Oficina de Correções Coreográficas
18h – Mesa Redonda – Debate Temática x Tese Barbosa Lessa
20h – Jantar – Integração  Tertúlia
05/06/2011 – Domingo
8h – Café da Manhã
9h – Mostra Cultural de Prendas e Peões das Federações
10h30 – Gincana Tradicionalista
12h – Almoço
13h - City Tour – Capital do Brasil
15h – Encerramento