4 de abril de 2011

Entrevista com Alex Balaka



O Portal MTG perguntou e Alex Lima, ou simplesmente, Alex Balaka, respondeu tudo sobre a inspiração que o levou  a fazer as coreografias mais aplaudidas do ENART na força “A” e na força “B”

Nome Alexsandro Ferreira de Lima ( Alex Balaka)

Onde nasceu e onde vivenasci em Porto Alegre, e atualmente resido em Gravataí

Quando começastes no tradicionalismo?


1988, quando eu tinha 8 anos, no CTG Chaleira Preta de Gravataí próximo à minha casa.

Quando começou a  fazer trabalhos de coreografias de entradas e saídas?

Aos 17 anos, 1997, neste momento realizava trabalhos para grupos pequenos em especial mirins e juvenis.

Para quantos grupos já fizestes coreografias desse tipo?

Não me recordo com exatidão, mas sem dúvida passa dos 200 dentro e fora do RS e também do Brasil.

Como vem essa inspiração para montar essas coreografias?

Sou uma pessoa que estudo bastante, busco informações em todos os momentos da minha vida. Desde materiais de notória representatividade conceitual, como livros e filmes, até as experiências menos pretensiosas como a ida a uma feira. Tudo o que eu me envolvo pode se tornar um ponto de partida, basta estar atento para perceber as potencialidades. Tendo acumulado tais referenciais procuro, em um momento de maior concentração, estabelecer conexões criativas especificas para cada trabalho, de forma que não existe uma regra para a minha inspiração, ela é construída conforme identidade do tema desenvolvido.

O que tu pensas do tradicionalismo gaucho organizado, o que tem de bom e o vês que falta ainda?

Segundo Paixão Cortês quando deu início, junto com Barbosa Lessa e tantos outros, ele não tinha noção do crescimento que o Tradicionalismo Gaúcho teria, de modo que ele veio de um desejo de resgate de tradições que estavam cada vez menos sendo manifestadas e outras quase que extintas. Portanto, penso que o tradicionalismo se faz necessário para que se mantenham tais raízes tão importantes, o seu valor é comprovado quando podemos observar que de ponta a ponta no Brasil e inclusive no exterior temos representantes tradicionalistas. Este mês fiquei surpreso e lisonjeado ao receber um convite de trabalho para um grupo de Roraima, o que me fez refletir na responsabilidade que o nosso trabalho, enquanto tradicionalistas, carrega. Após esta reflexão tive a certeza, ainda maior, de como é necessário a fundamentação histórica e coerente dos trabalhos artísticos. Afinal, muitas vezes os grandes responsáveis pela deturpação do tradicionalismo são aqueles próprios que o formam. Portanto acredito que o que ainda falta no nosso movimento é um pouco de coerência em vários momentos.

Acha que o festival de coreografias no enart chama mais atenção do que propriamente o que dá a vitorias , que são as três danças tradicionais?

Acho que para o público sim, em virtude da liberdade que é dada a nós, coreógrafos, para inovação que gera uma expectativa bem grande até mesmo antes do concurso. Em compensação, percebo que para os concorrentes de danças tradicionais o grande sonho ainda se concentra em consagrar-se campeã de danças tradicionais. 

Fotos de divulgação enviadas pelo entrevistado  e três de Matheus Aguiar














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